Um Insano no Teclado

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Pamellando...

   

    Ser estabanado é uma tarefa mais do que árdua, é uma missão impossível, mas eu conheci alguém que não acha o fato de ser estabanado, difícil, mas sim engraçado.
"Pamellar" foi um verbo que eu mesmo inventei. Um neologismo digno de prêmio, pois eu conheço histórias da dona do termo, que se não fossem cômicas, seriam, no mínimo, trágicas.

Eu Pamello
Tu Pamellas
Ele Pamella
Nós Pamellamos
Vós Pamellais
Eles Pamellam

É simples assim…

    Dia desses, meu irmão foi buscar minha mãe no salão de beleza. Esse salão fica localizado no mesmo prédio de um centro de laboratórios. 
    Ele esbarrou com 3 biomédicas, fez amizade e tudo mais. Dias depois, eu e ele encontramos essas mesmas biomédicas, junto com mais duas amigas, numa boate. Elas já não estavam com as faculdades mentais em perfeito estado (não estavam bêbadas, mas elas também não estavam sóbrias. Elas riam muito e falavam muito, muito alto).
    Mesmo não estando sóbrias, e sendo tarde da madrugada quando fomos deixá-las em casa (sim, quatro delas moram na mesma casa, e uma estava visitando… Pamella o nome dela) lembraram de pedir o telefone para manter contato e tudo mais. No mesmo final de semana, eu e meu irmão combinamos de sair com as cinco meninas para um restaurante da cidade, já que era a despedida de quem? De quem? Sim, da Pamella.
    Agora, é aquela hora em que eu conto a história de vida sofrida da Pamella.
Pamella, é uma pós-adolescente que tem os seus 20 (?) anos, estudante de Medicina, que já passou o diabo na mão do azar. Coitada. Ela estava na cidade visitando as amigas de faculdade e tal.
    Eu e Pamella falamos muito, por isso, começamos a trocar muitas ideias. Eu contei as histórias dos meus alter-egos, meus complexos e ela contou da entidade que a acompanha. Essa entidade faz com que tudo o que tenha que dar errado com o ser humano, dê errado justo com ela. Eu nunca ri tanto numa noite só. Juro!
    Ela começou contando que ela é a rainha do escorregão, e que superfícies lisas a perseguem. Depois que eu já estava tendo uma síncope cardíaca de tanto rir, Pamella me vem com mais histórias de fazer qualquer um rir.
São muitas histórias, afinal, passamos algumas horas ouvindo Pamella falar o quão desastrada a vida a fez.
    As que eu mais ri foram as mais trágicas.
    Quando ela começou a contar as histórias, eu pensei que iam ser coisas básicas, mas não… A Pamella realmente sofre muito.

    1- Numa das vezes mais engraçadas em que o universo desgraçou a mente de Pamella, ela estava na balada. Não dentro, mas na entrada. NA ENTRADA! Ela não conseguiu curtir nem um pouco aquela noite, pois quando estava na fila, de cabelo solto e toda produzida, sentiu algo quente no seu ombro direito, escorrendo para suas costas. Quando foi ver, algo verde e não muito cheiroso. ERA VÔMITO. Agora eu pergunto: Como alguém consegue vomitar na pessoa da frente? Por que não vira pra baixo, corre, sei lá, a pessoa da frente não tem nada a ver com o seu vômito. 
    2- Outra vez, lá estava ela, lépida, fagueira, serelepe e pimpona esperando seu pai na saída da escola. Ela viu um carro similar se aproximando, ele parou em sua frente, ela entrou no carro, sentou, e disse: "Pronto, pai, vamos!". Quando ela olhou pro lado, um senhor que ela nunca havia visto na vida, disse em voz calma: "Éh… Eu não sou seu pai.". Querendo enfiar a cabeça debaixo da terra e nunca mais voltar a ver a luz do dia, Pamella pediu desculpas e saiu do carro MOORRENDO DE VERGONHA. 
    3- Como a vida ainda não estava satisfeita de ferrar com sua existência, um dia, no estacionamento da faculdade, ela foi até o lugar onde "havia estacionado o seu carro", pôs a chave na porta, tentou abrir o carro e nada. Forçou, forçou e nada. Olhou para dentro do carro e avistou no retrovisor central, alguma coisa pendurada e pensou "Ah, minha mãe deve ter posto lá…". Convicta de que o carro era seu, ela puxou a maçaneta com força, bateu na porta, forçou mais ainda a chave e nada do carro abrir. Já quase chorando porque seu carro "não gostava mais de ser aberto", ela tomou distância (não para dar uma voadora, mas sim para ter uma visão geral do carro) e percebeu que aquele não era seu carro. ERA O CARRO DO LADO. Na velocidade da luz, Pamella entrou no seu carro de decidiu nunca mais esquecer de dar uma conferida para ver se o carro ainda é o mesmo.
    4- Durante um show, Pamella estava acompanhada de 3 amigos, dois rapazes e uma moça. Pois bem… No meio do show, ocorreu uma briga bem à frente do lugar onde ela estava com seus amigos e, no intuito de salvá-la, um amigo puxou-a para um lado, e o outro fez o mesmo, para o outro lado. A amiga dela, não conseguia fazer nada além de gritar "Amiga! Amiga! Amiga!". 
    Com os dois braços abertos, uma briga rolando à sua frente e completamente desprotegida, o universo veio se encarregar de acabar com a felicidade de Pamella. Para apartar a briga, os seguranças que estavam no meio do "povão", fizeram uso de spray de pimenta, mas o spray de pimenta foi DIRETO no rosto de quem? Sim, dela… Como ela tem asma, o spray de pimenta lhe desencadeou uma reação alérgica no mesmo instante, fazendo com que seu rosto e vias respiratórias inchassem. Lembram da amiga imprestável? Então… Ela conseguiu avisar os rapazes e eles pararam de puxá-la de um lado para o outro, mas só depois de muito desespero.
    5- Um dia ela resolveu sair com as amigas para uma outra boate. No meio da balada, uma amiga (lembram da imprestável do show?) escorregou e caiu no chão, e todos sabem que chão de boate sempre tem caco de garrafa quebrada né?! Pois bem... Pamella, no intuito de ajudar a amiga com o sangramento que havia se formado no pé, pegou em cima do balcãozinho da balada, um copo com "água", mas só depois que a amiga já estava gritando de dor e xingando Pamella, que ela viu que tinha jogado TEQUILA no pé da amiga que estava sangrando.
    6- Voltando de viagem para sua cidade, depois de visitar suas amigas de faculdade, Pamella sentou numa poltrona e, do seu lado, um senhor. Como o voo era de noite, as luzes ficam reduzidas, criando assim, um clima aconchegante para que os passageiros sintam-se à vontade para dormir. Pois foi isso o que o senhor do lado de Pamella fez. Mas ela não contava com o que houve.
    O homem do lado dela, caiu no sono e encostou sua cabeça no ombro dela. Como se já não bastasse a invasão do espaço, ele soltou um ronco alto bem perto do ouvido dela, o que fez com que ela não conseguisse conter o grito que soltou.

    Eu acho que eu nunca ri tanto numa noite só. 
    Não é por nada não, mas eu gosto de conhecer Pamellas e Pamellos… Me fazem crer que não há nada nesse mundo tão azarado, tão estabanado, tão destrambelhado que não possa piorar.
    Vou sugerir à Pamella que ela quebre espelhos e passe por baixo de escadas, quem sabe não vêm ao contrário essas superstições?!

quinta-feira, 18 de abril de 2013

Estar alheio

   

Estar alheio é estranho, principalmente quando você está num meio movimentado e/ou barulhento.
    Atualmente é muito fácil e comum encontrar pessoas alheias ao meio em que se encontram. O advento do celular (que deu ideia à criação do tablet,que é uma ferramenta igualmente perigosa) fez com que o ser humano (na maioria jovens) se acostumasse a ficar alheio.
    Vamos ver se todos sabem identificar alheios... Eles costumam:

- Ficar de cabeça abaixada no meio de um grupo ou uma multidão em que todos os outros estejam interagindo...

    Conhecem alguém assim?

    Não se assuste se eu acabei de descrever como você se porta num meio, ser alheio não é uma doença (não segundo meu pai, que faz questão de me sacanear quando eu estou alheio). Eu encaro o "alheismo" como sendo uma prática normal (isso é porque eu também sou um alheio -só de vez em quando, eu juro).
    Existem alguns tipos de alheios que, definindo a grosso modo, vão dos mais aceitáveis aos violentamente alheios.
    Eu sou um alheio, mas não sou violentamente alheio. Eu sou do tipo que confiro sim minhas redes sociais e mensagens quase que o tempo todo, mas eu nunca deixo de interagir com o meio que me rodeia.
    Os violentamente alheios me irritam porque além de eles não largarem os aparelhos demoníacos que os fazem me dão vácuos malditos, eles possuem a absurda capacidade de interagir mais com os aparelhos do que com as pessoas à sua volta. Dá raiva isso.
    Mais raiva mesmo eu sinto quando a conversa por intermédio dos tais aparelhos eletrônicos está mais interessante do que a que está realmente acontecendo. 
    Ser alheio o tempo todo é meio chato. Eu sei porque já fui. Eu era quase um autista em constante crise. O violentamente autista ri sozinho, fala sozinho, cria, desenvolve e aperfeiçoa a incrível capacidade de interagir com um zíper de uma mochila no intuito de fazê-lo silenciar no momento do uso. Doentio, não?!
    Ah! Eu já ia quase me esquecendo dos alheios momentâneos. Eles representam aqueles que estavam como eu estava na hora que escrevi esse texto, eu estava no aeroporto para pegar o voo de volta para casa, e havia pelo menos umas 150 pessoas à minha volta, e eu estava de cabeça baixa, escrevendo na minha agenda... Sim, minha agenda. Durante surtos criativos, qualquer papel é bem vindo, eu já cheguei até a escrever em guardanapos. 
    Voltando...
    Os alheios momentâneos são aqueles que tornam-se quase que violentamente alheios ao desempenharem uma atividade, no meu caso, eu não tinha mais nada para fazer, e me ocorreu um surto criativo, com isso, parei de fazer qualquer outra coisa e me concentrei numa atividade só.
    Eu escrevi 457 parágrafos argumentando sobre alheios... Mas parte disso é meu transtorno obsessivo-compulsivo. Mas isso já é material para outro texto.


quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Parênteses

    Desde o mês de Março do ano passado que eu tenho esse blog. Eu o criei como "cano de escape" em meio a vários aspectos, um deles, na verdade o principal, era um pequeno indício de revolta por parte de minha pessoa contra esse mundão de coisas chatas.
    O desejo de fazer humor nunca me fugiu, não nego. Eu sempre quis um espaço assim, cheio de risadas por trás dos textos e comentários. E por mais incrível que pareça, tem gente que não gosta. 
    Eu não culpo ninguém por não gostar de alguma coisa que não te agrada afinal, a legislação brasileira defende nossa liberdade de expressão, e isso é muito bom.
    Pois bem... No início do ano eu estava cheio de ideias, a maioria delas muitas vezes me ocorria apenas uma vez, exigindo de mim um esforço a mais: manter sempre à mão lápis e folhas, para sempre que me ocorresse alguma ideia, ela ser registrada. Esse meu esforço não foi em vão, pois como muitos podem perceber, meu blog tomou forma, e ficou do jeito que um dia eu sonhei.

-Pensamento que me ocorreu-

    É engraçado fazer um blog, você sempre se imagina possuidor de um blog grande, cheio de postagens e seguidores, mas a grande verdade (e que devemos aprender muito com ela) é que para ter um blog desses, leva muito tempo, não só o seu tempo livre (ou até mesmo durante outra tarefa como já me ocorreu - na escola). Mas o meu está feito desde março, e ele está com o número de postagens, comentários e seguidores que está, porque eu dediquei pelo menos duas horas diárias a ele por muitos meses.
    Muitas vezes eu quis desistir, mas aí eu visitava blogs que eu assino, muitos os quais me inspiro, e via como eles estavam cheios e como um dia eu queria que o meu fosse... E voltava para o meu, para cada vez mais me aperfeiçoar.

    Depois de vários meses sem refletir sobre como meu blog tinha tomado forma e como eu deveria estar feliz com isso, parei e comecei a me lembrar do quanto foi difícil eleger um tema para meu blog, e como foi difícil fazer a eleição de um primeiro post afinal, tudo o que eu postasse aqui nesse blog, de uma maneira ou de outra, ficaria registrado.
    Eu tinha ideia de fazer um blog totalmente revoltado, ele iria se chamar "Criticando...", mas a ideia não foi bem aceita por meu subconsciente, que rejeitou-o na mesma hora.
    Eu pensei em fazer um blog falando sobre relacionamentos, mas eu nunca namorei e odeio essa palavra "namoro"... É só um eufemismo para se sentir "menos pior" diante de uma desgraça, porque querendo ou não, ninguém dentro de um namoro tem liberdade... Isso me assusta muito.
EU SEI que um dia eu mudarei de opinião, e que isso tudo que eu bato no peito para defender um dia irá desaparecer, mas entendam, eu ainda não achei ninguém que me fizesse mudar de ideia, mas pode deixar comigo, eu aviso se o jogo mudar!
(Continuando...)
    Eu pensei em fazer um blog que falasse sobre minha vida no meio em que vivo, mas achei um tanto quanto chato e tedioso.
    Mas um dia, eu estava zapeando pelos canais da TV a cabo e passei por um seriado que não me agrada, mas o título é muito legal, e como eu já tinha tido a ideia de colocar alguma coisa relacionada a "teclado", pois é o meu assessor principal (não preconceituemos contra o mouse, mas o complicado é que eu escrevo com o teclado... Mas não se sinta excluído, mouse, você também é importante), juntei da ideia do nome do seriado e o blog levaria o nome de "Um Maluco No Teclado", mas as pessoas que conhecem o seriado, que não são poucas, ligariam o nome do meu blog ao nome do seriado, pensariam que era falta de criatividade e não dariam o mínimo crédito ao meu trabalho.
    Daí me veio a ideia insana de acabar com tudo e jogar para o alto toda essa minha vontade que se arrastou por anos de eu ter o meu canto. Eu mandei uma mensagem de texto para uma amiga que me chamou de insano. Quando eu li "insano" no celular, pensei em tudo o que eu já havia pensado e em tudo o que eu poderia pensar acerca de um blog.
    Agradeço a ela (mentalmente) toda vez que eu olho para meu blog e vejo a minha realização pessoal nele.

domingo, 28 de outubro de 2012

Função "multitask"





"-Qual é mesmo o número daquela cédula de um dólar que a gente viu na tv?
 - Quando?
 - Não sei, semana passada talvez...
 - Ah! AK 65387594 G..."

    Existem pessoas que foram agraciadas com um dom: memória boa. Não memória boa do tipo que só se lembra de fatos recentes, mas de alguém que tem uma memória capaz de lembrar um fato muito, muito antigo, do qual você se envergonha, e faz de tudo para você lembrar disso.
    Sem falsa modéstia, minha memória não é a melhor do mundo, mas eu consigo gravar placas de carro, CPFs, RGs e números de telefones com muita facilidade. A citação lá no início da postagem é real, aconteceu essa semana, quem pergunta o número é minha mãe, quem responde sou eu.
    Eu não consigo admitir uma coisa: errar números de telefone... Isso jamais.
    Por não errar nunca números de telefone, quando ligo para alguém, não fico horas e mais horas confirmando se é mesmo a pessoa com quem quero falar, pergunto quem é e vou logo falando. Quando é a pessoa então, aí que é bom... 

- HORA DA EXPERIÊNCIA - 

    Na tarde de ontem (29/09), eu acordei, me arrumei e almocei, isto é, coisas que uma pessoa normal faria. "De tarde?"... Isso mesmo, eu acordo tarde mesmo.
    Depois de fazer tudo o que eu tinha que fazer para me sentir um ser humano normal, mesmo não sendo, resolvi me pendurar no telefone e na internet (coisas que eu quase não faço todo dia...). Com planos de minutos, bônus e gratuidade de ligações dentro da mesma operadora, falar fica mais fácil, muuito mais fácil. E falar é comigo mesmo.
    Desde sempre falei muito. Minha mãe, observando isso e ligando ao fato de que eu não sei o que fazer da vida, sempre me sugere ser jornalista, não um jornalista qualquer, mas um daqueles que fica o dia todo falando sobre tudo, ao mesmo tempo.
    Pois bem, com ligações facilitadas, muita vontade e tempo para falar e um celular em punho, comecei a falar, falar e falar. Não só falar, mas ao mesmo tempo que eu falava em um celular, recebia e respondia mensagens no meu outro celular (sim, eu tenho dois celulares. Teria até mesmo cinco celulares, mas haja dinheiro para comprar e manter isso tudo de número. Dois números já está de bom tamanho). 
    Minha função "multitask" fora ativada assim que a primeira ligação foi feita, porque ao mesmo tempo que eu ligava, eu conversava e ainda ouvia música, tudo ao mesmo tempo. Isso foi fazendo com que meus neurônios ficassem engarrafados, num trânsito infernal, o qual gerou muitos "o quê?", "repete..." e "como é mesmo?". 
    Depois de ficar com a função "multitask" ativada, costumo dar um tempo, para que meus neurônios voltem a seu curso normal de trabalho. Sem paciência, não fiz nada para que meu cérebro voltasse a funcionar com potência total, isto é, não parei um momento. Fiquei muito tempo falando com a mesma pessoa e recebendo mensagens ao mesmo tempo, isso fez com que o engarrafamento piorasse.
    Comecei a perceber que a situação estava piorando, com isso, parei uns cinco minutos para respirar. Depois desses infindáveis cinco minutos resolvi fazer outra ligação, para uma amiga próxima, a qual eu apelido carinhosamente de "calanga", "animal" e até mesmo de "inútil".
    Ao discar o número, eu estava certo de que era o número dela, isso fez com que a minha segurança fosse amolada, e minha certeza de que era ela crescesse.
   Depois de alguns instantes ouvindo o toque de espera de atendimento, atende alguém:

(Pessoa desconhecida) - Alô?
(Eu) - Oi sua calanga acéfala!

(Pessoa desconhecida) - Oi?
(Eu) - Que foi? Não reconhece mais minha voz?

(Pessoa desconhecida) - Não, quem é?
(Eu) - Sou eu sua coisa!

(Pessoa desconhecida) - "Eu" quem?

    Foi nesse momento que eu me lembrei do exato segundo em que salvei meu número no celular dessa amiga. E foi aí que tudo ficou complicado:


(Eu) - Esse telefone é de quem?

(Pessoa desconhecida) - Da Carol...
(Eu) - Que Carol garota? Eu sei que é você!

(Pessoa desconhecida) - [risada embaraçosa]

    Eu não a culpo por ter rido, eu riria se um maluco psicótico estivesse me ligando e me chamando de calango!


(Eu) - Você não tinha que ter rido... Eu sei que é você!

(Pessoa desconhecida) - Cara, eu sou a Carol, sério mesmo... Com que você quer falar?
(Eu) - Esse não é o celular da Taís?

(Pessoa desconhecida) - Não...
(Eu) - Sério mesmo?

(Pessoa desconhecida) - Sim...
(Eu) - Ai meu deus, me desculpa... [desligo telefone num ímpeto desesperado de esquecer logo a cagada que havia feito]

    Foi nessa hora que eu me vi diante da resposta para a pergunta que eu procurava: PARA QUÊ EXISTE LISTA DE CONTATOS E POR QUÊ HÁ FOTO NO CONTATO DA LISTA DE CONTATOS DE CELULAR?
- Resposta: PARA ANIMAIS BEÓCIOS COMO VOCÊ NÃO LIGAREM POR ENGANO PARA ALGUÉM QUE NÃO TEM NADA A VER COM SEUS PROBLEMAS PSICOLÓGICOS!



Multitask: Palavra de origem inglesa que expressa a ação de várias tarefas sendo realizadas ao mesmo tempo.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Só o Salto Para Salvar...

 
 
    
    Na minha vida de filho de militar, já mudei mais de 10 vezes de casa, com isso, convivi com todo tipo de pessoas que qualquer um pode imaginar. Se eu já vi bizarrices? SIM, E DIGO MAIS... AS PIORES!

- HORA DA EXPERIÊNCIA -

    Em 2009 ainda na minha antiga cidade, me mudei para um apartamento muito longe de onde morava (longe e melhor!).
    Logo que chegamos, achei que não tinha vizinhos (para organizar a história... havia 2 apartamentos por andar), mas alguns meses depois, numa certa manhã, vi muita movimentação partindo do apartamento ao lado, então fui ver. Chegando lá, perguntei se tinham acabado de chegar e a resposta foi surpreendente : "Na verdade, não. Estamos no segundo ano e indo embora." disse a esposa do militar vizinho. Eu não fiquei pouco surpreso com aquilo, para falar a verdade, fiquei assustado : "Então, todo aquele tempo em que eu falei besteiras num tom de voz muito alto, ME OUVIRAM? Não era para ninguém estar aí. NINGUÉM!", pensei muitas vezes comigo.
    No fim do mesmo ano em que chegamos, a família extremamente silenciosa que era minha vizinha se foi, e outra tomou seu lugar. Logo no início, eu e meu irmão mais novo fizemos uma certa amizade com a filha mais nova da família, e minha mãe se identificou bastante com a matriarca que acabara de chegar para ser nossa vizinha.
    A tal família era constituída de quatro pessoas : o pai e a mãe, com duas filhas. Pois bem, a filha mais nova era extrovertida, comunicativa e simpática, a mais velha não era o que se pode chamar de pessoa sociável (deve-se referir à ela apenas como pessoa).
    Não estou aqui para julgar ninguém (mas bem que eu queria), mas a menina mais velha era um porre e nunca me tratava como eu a tratava, então, eu comecei a tratá-la como ela me tratava e como ela deveria realmente ser tratada, com pena e muita distância.
    Enquanto eu me preparava para uma guerra com a menina mais velha, a mais nova era legal e quase da minha idade, por isso, rolava uma certa afinidade. Com essa amizade grande surgindo, frequentávamos, um a casa do outro sempre.
    Num belo dia, enquanto tudo ia bem, fui para o colégio (normal), tive aula (normal), voltei para casa (normalíssimo), e encontrei com a menina mais nova (puts... PORQUE MUNDO CRUÉL?). Quando encontrei com a menina mais nova, marcamos de eu ir na casa dela mais tarde no mesmo dia, depois que eu voltasse do meu curso de inglês. 
    Eu fui para o curso de inglês. A aula acabou e eu voltei para casa. Chegando em casa, a menina mais nova, mostrando uma certa impaciência por me esperar, foi em minha casa me chamar para ir na dela... só que... ela havia deixado a porta meio aberta enquanto me chamava. Quando ela me chamou, eu disse que ia, mas precisava deixar meu material no quarto e, em seguida, encontraria com ela. Depois que eu disse isso, ela exaltou o fato da porta da casa dela estar meio aberta e que eu poderia entrar (uma vez que tínhamos uma amizade impressionante, isso era uma coisa normal).
    Eu fui deixar meu material no meu quarto, tirar os tênis e colocar chinelos. Eu fiz tudo, assim como uma pessoa normal faria. Eu me dirigi à casa da menina, assim como uma pessoa normal faria. Eu empurrei a porta da casa da menina, como uma pessoa normal, avisada das circunstâncias, faria. E EU FUI RECEBIDO POR UMA IMAGEM QUE ME DEIXOU ANORMAL E PERTURBADO PARA SEMPRE!
    No exato momento em que eu empurrei a porta da casa da menina e olhei para a parede que fica bem no fundo do corredor central da casa, fui recepcionado pela imagem da menina mais velha ( que estava um pouco acima de seu peso ideal )VESTINDO APENAS UM SALTO ALTO. Depois de um grito histérico partindo da figura bizarra que me recepcionara, fechei a porta e voltei para casa e, como um autista, agonizei durante dias no canto de um quarto escuro (tá, isso é mentira, mas que eu não consigo dormir à noite por causa disso, achando que aquele monstro me atacaria durante a noite, isso sim, também é mentira! Mas rolou um certo desconforto e perturbação ao ver aquela elefanta mal-educada, passar pelada pelo corredor vestindo apenas um salto alto!)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

A Luva


 
   
    Acordar cedo para ir para o colégio pode parecer o fim dos seus dias, mas não é! Definitivamente não! Quer saber por quê? Porque ruim mesmo é acordar e continuar inconsciente o dia inteiro, até que vai dormir no fim do dia e a consciência volta, mas já é tarde demais!
    Pode parecer meio "manjado" me referir a mim mesmo como zumbi logo quando acordo, isto é, numa tentativa de sensibilizar os mais velhos, adolescentes andam usando muito essa expressão "parecer um zumbi". Isto é porque de fato não parecem, mas agem, todos em conjunto, como zumbis comedores de cérebro.
    Parecer com zumbis comedores de cérebros até que pode ser aceito para se incluir na sociedade estudantil, mas SER um é sacanagem!
    Desde sempre luto contra muitas coisas que afetam meu dia de forma aterrorizante, uma delas é o sonambulismo, que como já citei aqui na página, é um problema a ser levado em consideração na hora de me avaliar psicologicamente.
    Pois bem... Desde o início do ano, acordo 6:00 da manhã (mentira, 6:30!) e meu ônibus escolar me busca e ao meu irmão mais novo por volta das 7:00. Depois que acordo, começa o circuito: 
(X)sentar na beirada da cama 
(X)calçar o tênis mais próximo e por favor, Deus, que ele esteja com os cadarços em disposição de espelho ( um ao contrário do outro ) - parte entendida por psicóticos e obsessivos-compulsivos de plantão!
(X)levantar  e andar como uma múmia de filme para o banheiro tomar banho, arrumar o cabelo, passar desodorante, perfume, etc.
(X)me dirigir à cozinha para tomar um rápido café da manhã (rápido mesmo, pois o percurso cama-banheiro-cozinha demora 25 minutos, sobrando-me apenas 5 para alimentar-me... Difícil não?).
    Dia desses, houve pani no sistema, pois o percurso cama-banheiro teve um participante inusitado: A Luva! Sim, isso mesmo, A Luva. Na hora de colocar o tênis, sempre faço meu ritual diário, de por a mão por dentro da meia, desvirá-la e então vesti-la. Aí é que mora o problema, nessa parte do processo, eu deveria tirar a mão de dentro da meia e pô-la, mas ao invés disso, continuei com a meia grudada misticamente na minha mão esquerda, com isso, cumpri as outras etapas do circuito com a meia na mão, ou seja, ela estava molhada, cheia de gel, pasta de dente e desodorante. Fui para o ônibus, sentei-me, e só depois que percebi que não estava conseguindo desbloquear meu celular porque estava com uma meia enfiada na mão, ou a mão enfiada na meia...
    Adolescente exagerados, vocês não são zumbis, acreditem! Eu consigo ser pior, sem sombra de dúvida.
    Vou torcer para qualquer dia desses não acordar com a cueca na cabeça. Não que de manhã me arrumando para o colégio eu faça uso de minha cabeça para desvirar minhas cuecas. Vocês me entenderam!